quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

“Toc toc”- Ouvi o barulho da porta, mas não queria atender. É quase o fim do ano, e não quero deixá-lo entrar de novo. Reluto, coloco o travesseiro sob a cabeça, e finjo surdez, mas ele continua a chamar-me, insistentemente. E eu? Pouco importo. Não abrirei. Não novamente. Para quê? Este louco entra, faz promessas de felicidade, uma tremenda bagunça, depois parte, como se nada tivesse acontecido. 
“Toc toc” – Chato! Mas será possível que não irá embora? Vou continuar ignorando-o. Não escuto nada. Nada. Nada... Na... Oh, não... Os chamados são mais freqüentes, e quase não suporto. Exausta, e conformada, levanto-me da cama, caminhando até sua direção. Levo à mão a maçaneta, abrindo espaço.

Entre amor. Entre. Não há mais surpresas. Agora só espero sua ida.  

Créditos : Lívia M. Ferreira 

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